sexta-feira, 24 de julho de 2009

A importância da Comunicação Dentro e Fora da Empresa.

A importância da Comunicação Dentro e Fora da Empresa.


Toda empresa tem a função de contribuir, de forma lucrativa, para o desenvolvimento da sociedade. Para que isto aconteça, as empresas elaboram metas, objetivos e estratégias relacionadas ao seu crescimento tanto no presente como no futuro.

Tais planos podem ser realizados de maneira formal, com assembléias e utilizando especialistas no assunto, ou então de maneira informal, estando tudo estruturado na mente do empresário. Independente da maneira como os planos são elaborados, um fator determinante do sucesso na implementação de novos projetos é a comunicação. Um bom sistema de comunicação é o que fará com que todos dentro da empresa trabalhem na mesma direção, focalizando os esforços para alcançar os mesmos objetivos.


E é este sistema que fará com que clientes, fornecedores e outras pessoas externas à organização entendam qual é a função da empresa na sociedade.

Não adianta empenhar tempo e dinheiro na elaboração de projetos se a empresa não é capaz de transmitir suas idéias de maneira clara e precisa a seus colaboradores, parceiros e clientes. Sistemas de comunicação falhos são como aquela brincadeira do telefone sem fio: você fala uma coisa para uma pessoa que diz à outra e assim vai até que o último da fila recebe uma mensagem tão distorcida e tão diferente da original que chega ser engraçado e divertido quando isso é apenas uma brincadeira. Mas quando isso é a realidade de muitas organizações, chega a ser trágico, pois, na melhor das hipóteses, envolve apenas perda de tempo e de dinheiro. Na pior delas, pode até levar uma empresa à falência por meio de boatos que complicam a situação dela no mercado.


A comunicação é importante em qualquer coisa que envolve mais de uma pessoa. È através dela que empresa, sociedade, família e todos os outros grupos se entendem, se relacionam e se desenvolvem. A boa comunicação faz a união e a união faz força. E é assim que se alcança o sucesso.

http://www.administradores.com.br/artigos/a_importancia_da_comunicacao_dentro_e_fora_da_empresa/10052/

Revolução digital dará novos rumos ao Marketing


A comunicação está passando pelo principal período de uma revolução digital. O motivo é simples: próximos dos 30 anos de idade, executivos que nasceram na Era Digital junto à internet, nos anos 1980, estão se tornando líderes das empresas do setor e consequentemente trazem novos desafios para os profissionais de Marketing. Esta afirmação é feita por Walter Longo, Vice-Presidente de Estratégia e Inovação da Young&Rubican.

Esta revolução digital
pode ser comparada ao conceito desenvolvido por Shel Silverstein, o Tesarac. A associação ao termo se dá por conta da mudança que ocorre na comunicação com paradigmas que deixam de fazer sentido enquanto surgem outros que ainda não podem ser totalmente mensurados. Por isso, hoje existem três tipos de consumidores: os turistas digitais; os imigrantes digitais; e o nativo digital.

Se antes a comunicação podia ser comparada a um jogo de boliche, com o objetivo de acertar todos os pinos com uma bola, de uma só vez, hoje o jogo mudou. De acordo com Walter Longo agora estamos diante de um pinball, já que a comunicação bate e volta, e o emissor não sabe a força com que ela chega e muito menos com o impacto que ela vai causar.

Mídia digital dita novos rumos
No cenário atual os consumidores se encontram “presos” às mídias tradicionais e esta realidade não deve mudar tão cedo. “Apesar de ver o surgimento de novas mídias, não sabemos a real dimensão que elas terão no futuro e este é o presságio para um impacto nunca visto antes”, diz Walter Longo, em entrevista ao Mundo do Marketing. Neste cenário, a internet surge como a principal ferramenta por oferecer comunicação instantânea e que pode ser editada ao mesmo tempo.

Isto é o que a diferencia das outras mídias, segundo Longo. “Mídia nova não mata mídia velha. Os meios impressos são editáveis e não instantâneos porque eu decido a hora e o local em que vou consumir. Já a mídia eletrônica é instantânea, mas não editável porque eu só posso consumi-la onde ela estiver. Desta forma elas tornam-se complementares para a comunicação do homem”, conta.

Desta forma, as empresas de comunicação estarão cada vez mais se envolvendo com mídias digitais só que de maneira exponencial. “A revolução digital será feita por novas mídias que vão abranger muitos consumidores e qualificar a mensagem ao mesmo tempo. Além disso, ela será mais acelerada do que se imagina” afirma o Mentor do Grupo Newcomm durante a palestra “O Mundo Digital e os novos desafios do Marketing” promovida pela Rede Elemídia em comemoração aos cinco anos de atuação da empresa no mercado de mídias alternativas do Rio de Janeiro.

Tendências irreversíveis
A chegada da revolução digital aponta para duas tendências irreversíveis na comunicação. A primeira é a que trata da passagem de uma comunicação massificada para a individualização da mensagem. Isto significa falar com cada individuo de forma diferente sem ter o custo elevado que havia antes da comunicação digital.

A segunda tendência apresentada por Walter Longo é que os meios podem misturar o conteúdo editorial com o publicitário sem precisar de interrupções. O modelo atual usa a interrupção para chamar a atenção do consumidor com um comercial, mas o que acontece é a mescla entre mensagem e entretenimento. “Hoje já é possível que uma empresa que não é mídia se torne mídia. Temos cada vez mais anunciantes produzindo conteúdo, games, entre outras formas de entreter. Se antes os anunciantes eram obrigados a usar uma mídia para chegar ao público, hoje a empresa se transforma em mídia e atinge o seu consumidor”, aponta.

Fato é que as mídias digitais estão dificultando cada vez mais a relação entre o consumidor e as mídias tradicionais. O principal fator para a mudança de comportamento é que o consumidor não quer e não precisa mais esperar a TV anunciar as notícias porque ele pode obtê-las na internet.

http://www.mundodomarketing.com.br/5,10189,revolucao-digital-dara-novos-rumos-ao-marketing.htm
Revolução humana com novo perfil

Antes de ser tecnológica, a comunicação está passando por uma revolução humana que está divida em três tipos de perfil de consumidor. Os turistas digitais são os que entram vez ou outra na internet e têm dificuldades em manusear um iPhone, por exemplo. Outros são vistos como imigrantes digitais, já que se “mudaram” para este mundo, mas não são originários dele. Por último está o nativo digital, que hoje não considera a internet uma tecnologia porque ele já nasceu inserido nela.

Segundo Walter Longo, são os nativos digitais os grandes responsáveis pela revolução digital. “A tecnologia para eles já é comum e estes executivos assumirão em breve o poder das empresas e começarão esta revolução. Apesar de perceber isto, não sabemos quão rápido e o impacto que esta revolução vai gerar na comunicação”, explica o executivo ao site.

As características principais entre os consumidores apresentam diferenças básicas com relação à revolução digital que se anuncia. Enquanto alguns têm medo das novas formas de comunicação e preferem se manter longe delas, outros tem prazer em conhecer e consumí-las assim que surgem no mercado. Os consumidores que compõem a Neofobia são geralmente menos jovens, urbanos e menor instrução digital. Já a Neofilia é composta por pessoas cada vez mais jovens, mais urbanos e educados.

Mídia na hora certa

Oriundas da internet, as mídias Out of Home não se baseiam no modelo de interrupção tradicional. Denominada de Outernet, estas mídias atingem consumidores em diferentes lugares ao mesmo tempo, de forma segmentada. O objetivo delas é impactar as pessoas enquanto elas estão paradas obrigatoriamente, seja na fila do banco ou no elevador.

Outra característica destas mídias é atingir os consumidores no momento em que as tradicionais não estão sendo efetivas. “Ela está na contramão das outras mídias e é um lubrificante social porque gera boca-a-boca e as pessoas fazem comentários sobre o assunto”, diz Longo.

De acordo com o Vice-Presidente de Estratégia e Inovação da Y&R as mídias Outernet possuem grande potencial em países em desenvolvimento porque estes oferecem mais tempo de espera ao público. A mídia Out of Home está aproximando a audiência com a atenção do público; a abrangência da mensagem com a eficiência da mesma; e ainda o ponto de impacto com o de consumo. “Ela é abrangente, relevante, não invasiva, qualificada, útil e faz as pessoas se comunicarem”, completa Walter Longo

http://www.mundodomarketing.com.br/5,10189,revolucao-digital-dara-novos-rumos-ao-marketing.htm

Relações Públicas se digitaliza em prol da marca

Jornal, revista, televisão e radio. Foi-se o tempo em que uma empresa de relações públicas poderia trabalhar a imagem de empresas, pessoas e produtos apenas nestas mídias. Com a internet, o contato do consumidor se multiplicou em sites corporativos, blogs e redes sociais, apenas para citar os comuns. Gerenciar a imagem, portanto, ficou muito mais difícil.

Empresas como Nike, Casa & Vídeo, J.Macêdo, Microsoft, Ipiranga e até o Ministério da Saúde e a Confederação Nacional da Indústria sabem disso. Eles contrataram a FSB PR Digital, o núcleo da empresa de comunicação que acaba de levar para sua equipe a especialista em marketing digital Risoletta Miranda. “Relações publicas no Brasil hoje é evento. Aqui se pensa de uma forma um pouco mais diferenciada. Fazer a comunicação não pode mais não passar pelo digital”, afirma Risoletta ao Mundo do Marketing.

Um dos focos deste segmento de negócio é fazer uma conexão do que está na rede para pautar as mídias tradicionais e ajudar a posicionar a empresa na web conforme ela deseja. “Quando se identifica uma tendência, pode-se criar uma agenda positiva, esclarecer antes que vire um boato”, aponta Risoletta. “Os nossos clientes podem ser um grande disseminador de conteúdo”, diz a executiva enfatizando que não se faz isso com perfis fantasmas em redes sociais nem se paga por conteúdo.

Usa-se estratégia. Faz-se diagnóstico de imagem e reputação, que é um raio x de como uma marca está sendo percebida em todos os ambientes e se estão relacionamentos e quais atributos estão ligados a marca. É uma ampla análise de percepção. “Isso tem feito toda a diferença”, argumenta.

http://www.mundodomarketing.com.br/5,10441,relacoes-publicas-se-digitaliza-em-prol-da-marca.htm

Comunicação estratégia ganha importãncia na crise

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Para Aberje, comunicação permite que empresa ganhe espaço no mercado; profissionais da área devem assumir papel de gestores estratégicos.

A crise econômica mundial fez com que muitas empresas cortassem custos e a área de Comunicação não passou despercebida. Porém, se é importante para a companhia diminuir os gastos, também é evidente que o investimento estratégico na comunicação com stakeholders (todos os públicos com os quais a empresa estabelece relações) é fundamental para garantir sua reputação e visibilidade.

De acordo com a Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), nesse cenário de crise, a comunicação corporativa se torna um ativo de grande relevância, porque possibilita compreender a fundo a organização e seu cenário de atuação, além de monitorar a concorrência e os públicos que interferem em seus negócios.

Com ela, ainda é possível alinhar o posicionamento, as decisões e as ações organizacionais em meio a um futuro incerto. Afinal, muitos falam que o "fundo do poço" da crise já passou, enquanto alguns são mais céticos em relação a isso. Ainda segundo a Aberje, a comunicação corporativa permite que se construa a reputação da organização em bases sólidas, importante para ganhar a preferência dos clientes neste momento de maior concorrência.

Profissionais

Aos profissionais que atuam na área, a Aberje indica que assumam um papel de gestores estratégicos da reputação e implementem projetos que incluam:

* Um mapeamento dos públicos que são estratégicos para a empresa;

* Políticas de comunicação dirigidas para cada um deles;

* O posicionamento de comunicação da organização;

* Análise de cenários internos e externos;

* A determinação de objetivos a serem alcançados e ações necessárias para se chegar ao resultado;

* Avaliação dos resultados.

Os desafios

De acordo com o coach executivo e de equipes, Carlos Cruz, um dos maiores desafios dentro das organizações é o de melhorar a comunicação entre todos os públicos.

"Quando estudamos o comportamento humano, podemos identificar três mecanismos que podem empobrecer as relações interpessoais e, por isso, prejudicar a comunicação dentro de uma organização. São eles: eliminação, distorção e generalização", afirmou.

A eliminação ocorre quando parte da informação que se deve transmitir é omitida, enquanto a distorção acontece quando a mensagem é entendida de forma equivocada. A generalização, por sua vez, acontece quando, ao tomar conhecimento de um fato, tenta-se generalizar seus efeitos para outros contextos.

Para superar esses desafios, Cruz orientou que é preciso ter conhecimento de que eles existem. "É neste instante que pode-se assumir o controle do processo de comunicação e utilizar-se de técnicas para checar se a informação que está circulando na empresa é verdadeira ou um simples telefone sem fio", afirmou.


http://www.administradores.com.br/noticias/comunicacao_estrategica_ganha_importancia_na_crise/24754

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Como ter uma comunicação eficiente e equipes comprometidas no desenvolvimento de projetos


Ferramentas como blogs, intranets e instant messengers podem facilitar a comunicação entre as equipes, mas não garante o sucesso na comunicação de um projeto

Não há exemplo melhor para falarmos sobre comunicação na área de projetos do que a história do Sultão e seus conselheiros.

Um rico e poderoso sultão, certa noite, sonhou que havia perdido todos os dentes. Preocupado, ele mandou chamar seus dois conselheiros mais sábios. Ao perguntar para seus eles o que significava o intrigante sonho o primeiro lhe falou, “todos da sua família morrerão antes de vossa alteza!”. O sultão, transtornado e furioso, mandou para a masmorra o insensível e agourento sábio. O segundo, ao ser consultado disse: ”este sonho quer dizer que o senhor terá uma vida muito longa”. Satisfeito com a resposta o sultão concedeu um polpudo prêmio por sua sabedoria.

Ambos os sábios escolheram palavras e formas diferentes para dizer a mesma coisa ao sultão. No entanto, a forma como as coisas são ditas, por mais corretas e precisas que estejam, podem desencadear as mais diversas reações nas pessoas. Portanto, na comunicação existe um aspecto comportamental muito importante que não pode ser negligenciado pelo líder. No mundo corporativo, principalmente na área de gestão de projetos em que a realização de todas as atividades com prazo, qualidade e custos desejados é fundamental, a comunicação é essencial para que as “engrenagens” funcionem de forma harmônica e no tempo necessário.

E como gerenciar todas as informações geradas nos projetos de modo eficiente?

O primeiro passo é planejar a comunicação. O processo não pode simplesmente acontecer. O gestor e sua equipe devem definir como irá ocorrer. É claro que é inevitável as pessoas conversarem, trocarem idéias, mas a comunicação oficial do projeto deve ser bem definida e clara para evitar ruídos e desentendimentos.

Portanto, para planejar a comunicação em projetos devemos pensar nos objetivos, nas reuniões que teremos, nas mensagens e documentos que serão gerados e trafegados durante toda a sua execução, nas estratégias de comunicação, na temporalidade da comunicação, mídias utilizadas e após o término do projeto, o arquivamento de todo conteúdo gerado.

Comprometimento -
Atualmente temos tecnologia que apóia sensivelmente essa comunicação tais como blogs, portais, intranets, sistemas de gerenciamento de projetos, e-mails, instant messengers e outros dispositivos. Mas tais avanços e facilidades podem facilmente se transformar em problemas de over communication. Quem não recebe emails em demasia? Quem não recebe emails com documentos anexados de páginas e páginas? Utilizar apropriadamente as mídias e tecnologias disponíveis é fundamental para se obter o desejo e o comprometimento dos elementos do projeto. De acordo com Bill Quirke, consultor inglês e autor do livro “Communicating Change”, existe uma mídia apropriada para cada tipo de comprometimento necessário.

Um bom exemplo é o famoso e-mail, que é muito bom para conscientização (ou seja, recebo um email e tenho noção do assunto). As pessoas recebem e-mails ou boletins de informações e ficarão conscientes das ações executadas pela equipe, mas nem sempre passar um email é ter o comprometimento e engajamento necessários. Quando se pretende um envolvimento no assunto, é necessário fazer algo presencial ou interativo, como reuniões ou conferências para a troca de informações e geração de idéias e conhecimento. Portanto, o uso apropriado de midias de comunicacao tem o poder de gerar o envolvimento e o comprometimento das equipes.

Se planejar a comunicação é fundamental, de nada vai adiantar se não nos preocuparmos se todas as etapas deste processo foram bem executadas. As informações devem ser geradas no tempo apropriado, enviadas ao público alvo sem ruídos e conforme o planejado. Manter o status do projeto atualizado, com informações consistentes e atualizadas, é fundamental para a boa gestão de um projeto.

Ao mesmo tempo, manter as reuniões produtivas é instrumento vital para manter o projeto em um ritmo desejado e executar correção de eventuais desvios que possam ocorrer. Vale lembrar que persistência e disciplina ajudam muito para a manutenção da comunicação. Esta comunicação ainda é fundamental no encerramento de projetos. Todos os documentos gerados devem estar sistematizados e guardados. Ao final deve-se fazer um relatório e sistematizar as lições aprendidas coletadas durante o projeto, dessa forma erros passados não serão cometidos e futuras execuções de projetos serão mais dinâmicas e eficientes.

*Margareth Carneiro é PMP e MSc, co-autora dos livros Gerenciamento das Comunicações em Projetos, da Ed. FGV e Projetos Brasileiros - Casos reais de Gerenciamento, da Ed. Brasport. e Diretora de Gerenciamento de Projetos da Compass International (www.compassbr.com.br)


http://www.administradores.com.br/noticias/como_ter_uma_comunicacao_eficiente_e_equipes_comprometidas_no_desenvolvimento_de_projetos/24591

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Planejamento e plano de negócio serão diferenciais entre agências digitais


Nélio Bilate, agora CEO da Addcomm, explica o que fará para a agência crescer 60% em 2008 e responde em detalhes porque deixou a Nissan



Se não for em uma velocidade maior, as agências digitais estão evoluindo no mesmo ritmo da Internet. A Addcomm, por exemplo, anunciou recentemente a contratação de Nélio Bilate para o cargo de CEO depois dele ter deixado a direção de Marketing, Vendas, Pós-Vendas e Planejamento de Produto da Nissan para o Mercosul. A entrada de um executivo com passagens pela Garoto, Coca-Cola e pela Renault, que faz parte do grupo Nissan, é uma amostra do que está por vir.

A própria Addcomm hoje já não está nas mãos de Risoletta Miranda e seus sócios como antes. Ano passado, a Ideiasnet, holding focada em empresas do setor de tecnologia, mídia e telecomunicações com ações negociadas na Bovespa, comprou 31% das ações da agência e tornou-se sócia majoritária com 54% do negócio. Agora, a empresa tem que crescer mais ainda. Para este ano, a expectativa é de 60% de aumento no faturamento.

Para isso, os 60 funcionários dos escritórios de São Paulo e do Rio de Janeiro estão trabalhando sob um novo lema. “Temos dois pilares fortes para 2008”, afirma Nélio Bilate em entrevista ao Mundo do Marketing. “O primeiro é o planejamento de marketing aplicado ao meio digital. É olhar para a marca do cliente como um todo e levar para o ambiente digital. O segundo pilar é a inovação. O VRM também está dentro da inovação. Para isso a Rizzo (Risoletta) foi colocada na diretoria de planejamento e inovação”, completa.

Leia-se Virtual Relationship Management quando Nélio fala sobre VRM e entenda gerar retorno sobre o investimento para o cliente e para a própria agência. A nova gestão vai se preocupar até quanto custa um cafezinho. Algo, aliás, que Nélio Bilate já fazia na Nissan. Sobre a sua saída da multinacional, o executivo é enfático: “Gostava muito do que eu fazia, mas descobri que aquilo não me deixava mais feliz”, conta.
O fato de a Ideiasnet ter se tornado acionista majoritária da Addcomm tem uma ligação direta com a sua contratação?
Quando um investidor do tamanho da Ideiasnet decide colocar os seus recursos numa agência digital, o primeiro sinal é a profissionalização cada vez maior para crescer ainda mais. No momento em que todos os sócios pensam em crescer, surge um plano que envolvia a necessidade de um CEO que tivesse uma visão generalista, do desenvolvimento do negócio e que gerisse isso para o crescimento.

Como você espera desenvolver o seu trabalho estando com os donos do negócio no dia-a-dia da empresa?

Isso não me preocupa. As emoções, os sentimentos e crenças ficam para um outro fórum. Estamos aqui dentro de uma cultura corporativa. Eles são criativos, inovadores, empreendedores, destemidos, jovens, dinâmicos e isso dá uma característica fantástica para o negócio. Por outro lado, tudo é muito emocional e passional.

E aí pode se esquecer um pouco do business? Não que este seja o caso da Addcomm, mas vemos muitas coisas no mundo digital que podem até ser inovadoras, mas que não vendem.
Existe um desconforto positivo na minha equipe com relação a isso porque quero ver o lucro, quanto custa o cafezinho, a hora trabalhada, quanto custa tudo. Por outro lado, você tem que olhar a sua vocação como empresa. Temos que ver o que a Addcomm vende e o que pode vender além para o mercado. Tem que estar de olho nas oportunidades do futuro e desenvolver um negócio de como ganhar dinheiro. Por isso acredito no controle de custos, na gestão financeira completa, não do projeto, mas do todo, e no desenvolvimento de novos negócios.
Por que você saiu da Nissan?
Eu morava praticamente na fábrica em Curitiba e decidi fazer uma ruptura na minha vida pessoal e profissional. Fui para São Paulo decidido a montar uma consultoria de marca e neste tempo aceitei a proposta da Ideiasnet por ser algo novo para mim e pela perspectiva de crescimento do próprio segmento. Ao mesmo tempo, eles queriam alguém de fora do mundo digital e eu me encaixava muito nisso pelo desejo de sair do mundo corporativo convencional. É uma ruptura que eu estava buscando.

Você não estava satisfeito com o que estava fazendo?
Não, eu não estava feliz. A grande virada disso tudo é você decidir pelo menos e pelo desconforto. Eu tinha uma vida muito confortável. Tinha motorista, carro blindado onde quer que seja, não sei quantas secretárias, viagens de primeira classe e um status que não me pertenciam. Nada era meu. O celular, a casa não era minha, o carro não era meu, muitas vezes a roupa que usava não era minha, nada era meu. Nada é seu normalmente na vida, mas às vezes você pega emprestado. No momento em que enxerguei isso, perguntei qual era o preço.

Gostava muito do que eu fazia, mas descobri que aquilo não me deixava mais feliz. Esse momento de ruptura do que eu supostamente tinha me levou para a liberdade. Hoje cheguei de taxi. Antes sempre tinha alguém me esperando com carro blindado e seguranças. Já não andava mais sozinho, mas isso faz parte do mundo corporativo. De todos esses anos, o que levei foram as pessoas com quem trabalhei, o conhecimento e as oportunidades que tive. O resto é dispensável.
Qual é a sua missão à frente da Addcomm agora?
Mais do que fazer a agência crescer, que é uma conseqüência, precisamos olhar para o negócio. O meu contrato é para desenvolver e aplicar o plano de crescimento. É fazer ele funcionar, acompanhar e corrigir. É fazer o ciclo o tempo todo com as pessoas. Temos hoje um grupo de trabalho para cada área e um piloto que desenvolve organização e métodos para melhorar os processos da companhia e este ano estamos realizando a primeira convenção da empresa com todos os funcionários.

Quais são as perspectivas que você vê para a Addcomm diante de mudanças muito rápidas no mundo digital?
Você imagina o que está sendo para mim planejar neste mundo digital porque os planos que eu tinha na indústria automobilística eram de 10 anos e os planos estratégicos tinham no mínimo três anos. Agora, estamos fechando o plano da Addcomm para 2008 e a expectativa é que vamos crescer pelo menos 60%. Temos que crescer neste patamar para sustentar o que o mercado nos pede. Outro ponto é que estamos na era do mobile. É tudo o que está se movendo, que pode ser acessível e acessado na sua mão em qualquer lugar. Ainda que hoje precisamos do cabo, do equipamento, o futuro deste mundo não terá mais dimensão e barreiras.

A Addcomm nasceu no Rio e está em São Paulo há dois anos. Como você está vendo a concorrência com players maiores?
A concorrência sempre vai existir e é muito saudável porque faz você melhorar, crescer e inovar. São Paulo é fundamental para qualquer segmento de mercado. Até para vender prancha de surf mesmo não tendo mar na capital. O objetivo da Addcomm é crescer em São Paulo e fortalecer o mercado.

E o core business da empresa, qual vai ser?
Temos dois pilares fortes para 2008. O primeiro é o planejamento de marketing aplicado ao meio digital. É olhar para a marca do cliente como um todo e levar para o ambiente digital. O segundo pilar é a inovação. O VRM também está dentro da inovação. Para isso a Rizzo foi colocada na diretoria de planejamento e inovação.

Como você vê o momento pelo qual está passando as agências de marketing digital?
É a mesma coisa que aconteceu com as agências off-line há 15 ou 20 anos. Antes eles eram bureaus de criação praticamente. Tinha um criativo e alguém para atender o negócio. O que está acontecendo hoje no digital é mais forte porque há uma profissionalização maior. Não tem outra saída. Para crescer, se desenvolver e competir você precisa se profissionalizar.
A Internet tem métricas reais para tudo, ao contrário da indústria da qual você veio.
É um outro paradigma porque tudo é possível. Como é muito espalhado e há a possibilidade se fazer tudo, fica mais difícil focar. É muito perigoso caminhar por todos os lados da web porque aí você não sabe se é produtora, se é agência, se vende mídia, se faz planejamento, se cria, se faz banner, CRM, e-commerce... nenhum grande cliente ou médio vai acreditar que um banner se sustenta e por isso o planejamento é o nosso foco, o nosso grande diferencial. E esse planejamento deve vir colado com o maior objetivo que é fidelizar o cliente e desenvolver a marca. Temos que conhecer mais o consumidor. Entender como as tribos se comportam e aprender a segmentar.

A velocidade da Internet é tão grande que às vezes as empresas esquecem o planejamento na ânsia de obter respostas rápidas. Como vocês pretendem trabalhar esta dicotomia?
Acredito que temos que respeitar o planejamento macro do cliente. Todos os anos fazemos um planejamento para as marcas de nossos clientes e, mesmo que haja a necessidade urgente de se desenvolver uma campanha específica fora do planejamento, não se pode corromper a marca a qualquer custo. Cabe a agência alertar o cliente disso, mas o problema é que sucumbimos muito aos pedidos do cliente. O grande desafio é criar um acordo com o cliente. É preciso questionar. Não acredito numa agência fazedora, acredito numa agência pensadora. A operação é uma conseqüência.

Em um mês, você já teve que fazer alguma correção de caminho?

Já. Algumas sim, mas são correções normais que eu fazia 20 por mês. Como o meio se sustenta por ele mesmo, as pessoas não estavam muito acostumadas em parar, revisar, voltar, se questionar.

Fazendo um paralelo com os resultados da Renault-Nissan no período em que você esteve lá, o que você vai trazer para a Addcomm?
Essa resposta é uma covardia. Como participei do início das duas marcas aqui no Brasil, o crescimento era de 500%. Deixei a Nissan num momento maravilhoso, com o plano pronto até 2009 que prevê o dobro de concessionárias e de carros vendidos. Posso dizer que o comum não me atrai, não me atrai manter. Me atrai fazer, desenvolver e transformar.

http://mundodomarketing.com.br/9,3132,planejamento-e-plano-de-negocio-serao-diferenciais-entre-agencias-digitais.htm

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Execução: como fazer a estratégia funcionar


“Fracasso ao planejar é o mesmo que planejar o fracasso”. Foi com esta ideia que Lawrence Hrebiniak (autor do livro Execução – Fazendo a Estratégia Funcionar – Editora Bookman), referência internacional nas áreas de formulação e execução de estratégias competitivas e design organizacional e professor da Wharton School, da University of Pennsylvania começou sua palestra no Special Management Program “Fazendo a Estratégia Funcionar – O Caminho para uma execução bem-sucedida”, da HSM, em São Paulo, semana passada. Ele defendeu veementemente a idéia de que tudo começa com a estratégia. Fazer o plano funcionar, é um desafio ainda maior do que criar o plano.

Hrebiniak explicou que a execução da estratégia não constitui uma parte comum do trabalho administrativo, ela define a essência desse trabalho. “A execução exige comprometimento e paixão pelos resultados, independente do nível da administração”. O professor enfatizou que ainda sabe-se muito mais sobre planejamento do que sobre realização, sobre a criação da estratégia, do que sobre o seu funcionamento real. E compara a execução da estratégia com uma expressão popular nos círculos de TI: “Lixo dentro, lixo fora”. Os planos ruins e mal concebidos geram resultados ruins. “Os gerentes não podem executar um plano confuso, desfocado ou mal gerado. A estratégia conduz ou afeta um grande negócio, devendo ser desenvolvida com cuidado”. Logo, estratégias fracas resultam em planos fracos de execução. “Uma estratégia ruim gera uma execução deficiente. Estratégias mal-concebidas praticamente garantem resultados deficientes na execução”. E execução começa com uma boa estratégia.

A importância do planejamento

Um bom planejamento auxilia o processo de execução. Da mesma forma, um planejamento insuficiente gera uma implementação insuficiente. “Alguns gestores podem até argumentar que uma boa execução pode compensar uma má estratégia ou um planejamento inadequado. A experiência que tenho, geralmente prova o contrário. A execução de uma má estratégia geralmente é uma proposta que não alcançará o sucesso. Um planejamento insuficiente normalmente conduz o processo de execução para mares conturbados que se tornam cada vez mais difíceis de navegar”.

Os planos de execução no nível corporativo irão a pique ou não darão certo se não receberem suporte corporativo. Para o palestrante, é impossível discutir a execução até que se tenha alguma coisa para executar. Porém, quando a ‘elite’ planeja e vê a execução como algo que está abaixo dela, diminuindo a sua dignidade enquanto alta gerência, a implementação bem-sucedida está comprometida. “A execução não é algo com o qual podemos nos preocupar mais tarde”, alerta.

Estratégias vagas não podem ser facilmente transformadas nos objetivos ou na métrica mensurável tão importantes para a execução. Planos corporativos e empresariais imprecisos inibem a integração dos objetivos, das atividades e das estratégias entre os níveis corporativo e empresarial. “Os administradores que sabem algo da execução da estratégia têm fortes probabilidades de desenvolver uma vantagem competitiva com relação aos que não sabem”.

Obstáculos

Se execução é essencial para o sucesso, por que um número maior de organizações não desenvolve uma abordagem disciplinada em relação a ela? Por que as empresas não dedicam mais tempo desenvolvendo e aperfeiçoando processos que as ajudem a obter resultados estratégicos importantes? E por que muitas empresas não conseguem executar ou implementar bem as estratégias e colher os frutos desses esforços? “A resposta é muito simples. A execução é extremamente difícil. Há obstáculos e dificuldades que se atravessam no processo de execução e comprometem seriamente a implementação da estratégia”, explica Hrebiniak. Entre os obstáculos citados por ele, estão:

- A falta de integração entre o planejamento corporativo e o planejamento dos negócios – Sabe-se muito mais sobre planejamento do que sobre realização, sobre a criação de estratégia do que sobre o seu funcionamento real.

- Os administradores são treinados para planejar, não para executar – Aprende-se a execução na “escola da vida real”, e os caminhos que levam a resultados bem-sucedidos vêm acompanhados de erros e frustrações.

- Deixa-se que “serviçais” cuidem da execução - Todos os gestores são responsáveis por uma execução bem-sucedida, e não se trata de uma tarefa de nível inferior.

- Interdependência entre planejamento e execução – Quanto maior for a interação entre os “fazedores” e os “planejadores” e de suas tarefas, maior será a probabilidade do sucesso da execução.

- A execução demora mais que a formulação – A execução sempre leva tempo e impõe pressão sobre a gerência em busca de resultados. Este tempo aumenta a probabilidade de aparecer novos problemas.

- A execução é um processo, e não uma ação ou uma etapa – Exige muita atenção para funcionar. Os gerentes que buscam uma solução rápida para os problemas de execução vão fracassar nas tentativas de fazer a estratégia funcionar.

- A execução envolve mais pessoas que a formulação da estratégia – Quanto maior for o número de pessoas envolvidas, maior será o desafio que a execução efetiva da estratégia apresentará.


http://www.administradores.com.br/noticias/execucao_como_fazer_a_estrategia_funcionar/24223