terça-feira, 26 de maio de 2009

Entrevista: RP do IBAMA




Maior desafio para o RP é ser reconhecido pelos colegas de Jornalismo, Publicidade e Marketing

Maria Elizabete Morais de Araújo Pinheiro, bacharel em Relações Públicas, iniciou sua carreira em Relações Públicas em 1984 como estagiária da Casa Luz Ótica. Atualmente, responde pela Assessoria da Diretoria de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/MMA.

Revista Cirp - Nesses quase 20 anos como profissional de Relações Públicas, qual foi sua maior dificuldade na área?

Maria Elizabete - A grande dificuldade que enfrentei foi levar o conceito de Relações Públicas para o corpo dirigente da empresa e fazê-lo compreender que os RPs não são apenas organizadores de eventos e festas, mas também profissionais que entendem o conceito e missão da empresa, que utilizam eventos para construir a imagem real da empresa, envolvendo com isso todos os públicos de interesse da instituição.

O maior desafio é ter o trabalho respeitado e reconhecido pelos colegas de áreas afins Jornalismo, Publicidade, Marketing, pois o profissional de Relações Públicas é quem realmente compreende o papel institucional de uma empresa.

Revista Cirp - Como funciona a relação de trabalho com os outros profissionais da área de comunicação?

Maria Elizabete - O IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) são bastante integrados, pois essa etapa já foi vencida e hoje o jornalista, mais especificamente a imprensa, conta com ao trabalho dos RPs para elaboração, desenvolvimento e realização do plano de comunicação.

Revista Cirp - Quais ferramentas são utilizadas para divulgação das ações do Instituto na área ambiental?

Maria Elizabete - Para o público externo utilizamos mídia impressa, jornais de grande circulação, sites especializados e portal do Instituto e do Ministério do Meio Ambiente. Está sendo criada a revista do Instituto e o boletim virtual, com conteúdos relacionados à área como, por exemplo, matérias sobre congressos e eventos diversos. Para o público interno temos boletim virtual, painéis, rádio interna e seminários.

Revista Cirp - Quais são suas perspectivas como RP dentro do IBAMA?

Maria Elizabete - Minhas perspectivas são limitadas, não pela instituição, mas pelos limites criados à carreira de servidor público. Ainda assim atuamos bastante. Temos planos de comunicação, comunicação interna, veículos de comunicação eficazes, como painéis, revista, folder, exposição permanente, contato com mídia, participação em congressos e feiras de negócios ambientais. O trabalho é intenso.

Revista Cirp - Como é feita a comunicação do IBAMA? Ela funciona?

Maria Elizabete - A comunicação é feita focada na imprensa, painéis, revistas, portal de internet, congresso, seminários. Apesar de a mídia dar muito enfoque ao negativo que envolve o IBAMA, de um modo geral é uma comunicação muito eficaz. Para se ter uma idéia, a marca IBAMA é a terceira mais conhecida do Brasil.

Revista Cirp - Qual é a estratégia que você utiliza para lidar com as limitações que as empresas públicas têm em relação à liberação de verbas?

Maria Elizabete - Não me render aos desafios, fazer cada trabalho com o maior nível de perfeição que for possível, apresentar relatórios eficazes, com depoimentos de pessoas chaves, e resultados da participação das Relações Públicas nas ações.

Revista Cirp - Comunicar é o princípio do profissional de RP. Do que você mais sente falta nesse mercado em que as explicações durante as crises nas empresas são ditas pela metade?

Maria Elizabete - O que faz falta é a existência de um órgão que regulamente as comunicações e que seja realmente fiscalizador. É preciso ética no mercado, é preciso respeito ao público, e esse respeito é feito através da missão da empresa, que deve ser levada ao público por profissionais da área de RP, éticos e comprometidos com a eficácia.

Revista Cirp - Dê seu parecer sobre a situação do profissional de RP hoje no mercado de trabalho em Brasília.

Maria Elizabete - Brasília é uma capital voltada quase que 100% para órgãos públicos, portanto o mercado se restringe.
Acho que cabem boas empresas de assessoria de RP no mercado, inclusive para prestar consultorias aos órgãos públicos. Falta aos novos profissionais um olhar mais empreendedor e ativo, para assumir a profissão com garra e levar a frente o desafio de ser Relações Públicas. O mercado comporta muita gente, mas gente com garra, com confiança no novo, com ousadia.

Acredito que o desafio dos novos profissionais é apenas investir no saber adquirido e levar ao mercado o novo, praticar realmente as ações de RP.

Revista Cirp - Um RP deve estar o tempo todo antenado ao que acontece ao seu redor, até mesmo para se situar numa organização. Partindo dessa afirmação, o que vem a sua cabeça quando se fala em:

Conteúdo:
Maria Elizabete - Deve ser avaliado de todos os lados, pesquisados, o profissional de comunicação deve ter conhecimento firme sobre tudo;

Divulgação:
Maria Elizabete - feita com ética e lealdade, para quem informa e para quem é informado;

Comunicação:
Maria Elizabete - de modo simples, claro e ágil;

Relações Públicas:
Maria Elizabete - com postura, ética, confiante na profissão escolhida, reto nas suas funções, consciente dos desafios, articulado com seus públicos, ocupando a missão de estar ligado à alta direção da empresa e determinado a ser um profissional de RP.

Fonte: http://www.iesb.br/grad/comunicacao_institucional_rp/RevistaVirtual/conteudo/index.cfm?id_area=3&id_conteudo=417

Nenhum comentário:

Postar um comentário